sexta-feira, 11 de março de 2016

ARTIGO - MARÇO/2016 - TÉCNICOS NA ERA DO PRESIDENTE PAULO NOBRE. ERROS E ACERTOS

Paulo Nobre
A gestão do Presidente Paulo Nobre se iniciou em janeiro de 2013 e, até agora, março de 2016, já se transcorreram 40 meses. Há uma incrível média de um técnico a cada oito meses. 

Vejamos o quadro abaixo:


NOME TEMPO PERÍODO JOGO VITÓRIAS EMPATES DERROTAS %
Gilson Kleina vinte meses Set/12 a Maio/14 105 56 20 29 59,6
Ricardo Gareca Cinco meses Mai/14 a Set,/14 13 4 1 8 33,1
Dorival Júnior Quatro meses Set,/14 a Dez/14 20 6 5 9 38,33
Oswaldo Oliveira Seis meses Jan/15 a Junho/15 31 17 7 7 38,33
Marcelo Oliveira Nove meses Mai/15 a Março/16 53 24 11 18 52,20%


Não há como se realizar um planejamento, com possibilidade de êxito pleno, com tantas alterações. Tanto isso é verdade que só se conseguiu o vice-campeonato Paulista de 2015 e a Copa do Brasil em 2016. Mais que isso, nos demais campeonatos que se encerraram as participações foram pífias: eliminações precoces (paulistas de 2013 e 2104, Libertadores 2013, Copa do Brasil de 2013 e 2014), últimas posições (Brasileiro de 2015).

As perguntas, então, ficam no ar e são muitas. 

1- Os problemas são só por conta dos técnicos? 
2 - As contratações foram erradas? 
3 - A responsabilidade precisa ser compartilhada entre elenco e direção também? 
4 - Estas constantes trocas geram problemas nos atletas? 
5 - As formações dos elencos foram boas? 
6 - Houve supervalorização dos atletas contratados? 

Ouso responder de forma afirmativa a todas as perguntas, exceto a primeira.

Com efeito, o problema é geral, passa por técnicos, jogadores e direção.

É notório que os profissionais contratados tinham lastro no mercado, o que sugere que tinham capacidade de comandar o clube de forma mais eficiente do que conseguiram. Os números acima não deixam dúvidas.
De outra parte, é certo que todos eles tiveram parcela grande de responsabilidade. Primeiro porque pediam contratações, depois, porque queriam impor esquemas que não se ajustavam às características dos jogadores que eles mesmo pediram.

Vamos relembrar: 

Gilson Kleina pegou um Palmeiras no fundo do poço, foi montado um catado e conseguiu o título da série B, isso sem esquecermos vergonhas que passamos no Paulista (goleada para Mirassol), eliminações precoces na Libertadores e Copa do Brasil e tropeçou no início da temporada seguinte. Pediu jogadores sem condições técnicas. É certo que havia problema financeiro, mas Tiago Alves, Mendieta, Bruno Cesar, Felipe Menezes, etc. são dispensáveis.

Ricardo Gareca. Um estrangeiro que não sabia nada do futebol brasileiro, seja do elenco ou dos adversários, e isso ficou muito claro. Contratado em maio e só estreando em julho, acumulou erros de escalações e esquemas. Não tinha mesmo como ficar. Contratou diversos jogadores estrangeiros de qualidade discutível.

Dorival Júnior. Pegou o time em meio a uma turbulência, situação ruim no Brasileiro e, às duras penas, conseguiu se livrar do rebaixamento. Sem possibilidade de contratações, optou por lançar jovens, dando oportunidade: João Pedro, Nathan, Gabriel Dias, Vitor Luiz, etc. Acabou demitido, mas de todos deixou um legado para estes jovens.

Oswaldo de Oliveira, apareceu junto com uma penca de jogadores – vinte e cinco contratações, muitas absolutamente impertinentes, como Felype Gabriel, Clayton Xavier, Ryder, Alain Patrick, Amaral, Vitor Ramos, Aranha, João Paulo, Alecsandro, Andrey Giroto. O time não tomava muitos gols, mas falhava bastante. Conseguiu o vice campeonato Paulista.

Marcelo de Oliveira, veio com o pedigree de dois brasileiros e várias finais de Copa do Brasil. Recebeu um elenco inchado e ainda propôs outras contratações, como o inaceitáveis/discutíveis Leandro Almeida e Roger Carvalho. Ganhamos às duras penas a Copa do Brasil, mas nunca jogamos um bom futebol, ou melhor, ao menos um futebol que desse garantias de lutar por resultados positivos. Só chutões, ligação direta, chuveirinhos e sufoco.

Um outro ponto; as constantes trocas no preparo físico geram lesões seguidas e, por isso, o time mais parece uma enfermaria. Não há continuidade do trabalho de preparação e isso é muito ruim, cada um que chega quer implantar a filosofia, sem se ater aos antecedentes dos jogadores.
Bem diante de tudo isso, o que nós torcedores podemos esperar e pedir: 1. Que a diretoria, ao longo deste ano, último da gestão, tenha muito critério nas contratações – até porque as receitas com bilheteria estão aquém do esperado (pela qualidade do time, pois torcedor sabe em quem confiar e quando pode comparecer) e há dívida alta, devendo tomar providências para eliminar despesas com jogadores inúteis. 2. Que o novo técnico não invente e tenha a humilde de escolher um esquema de acordo com as características dos jogadores para, com o tempo, ir implantando alterações mais drásticas. 3. Que os jogadores assumam suas responsabilidades e passem a ter a pretensão de serem protagonistas e não se escondam das responsabilidades.


É preciso resolver qual futuro do clube.

14 comentários:

  1. Brilhantes os comentários, esclarecedor o quadro é, só mesmo por vontade de Deus vamos conseguir alguma coisa com esta falta de planejamento. José Carlos.

    ResponderExcluir
  2. Será que tá na hora de trocar o presidente e o diretor de futebol??? Interrogação, como diz avalone.

    ResponderExcluir
  3. O próximo técnico que se cuide, pode cair antes do fim do ano se o presidente quiser manter a sua média.

    ResponderExcluir
  4. Quem é a bola da VEZ? CUCA.? Aih que dureza.

    ResponderExcluir
  5. Em poucas palavras. Contratações erradas em todos níveis.

    ResponderExcluir
  6. Acrescento, desde início da gestão. Já li neste site a lista de horrores das contratações. Que parem de maltratar nosso palmeiras.

    ResponderExcluir
  7. O presidente troca técnico como troca títulos de capitalização ou outro título cambial. Futebol não é mercado financeiro.

    ResponderExcluir
  8. Ao meu antecessor. Boa comparação. O presidente tem dinheiro, ajudou muito as finanças, mas de futebol ele não entende

    ResponderExcluir
  9. Análise perfeita da situação do Palmeiras. Todos têm que assumir suas responsabilidades e trabalhar duro para conquistar os objetivos.

    ResponderExcluir
  10. Falta planejamento e competência para os dirigentes responsáveis pelo futebol do palmeiras. Acho que eles também devem ser trocados. Como eles mesmos dizem, os resultados não estão acontecendo e a hora é de mudar tudo

    ResponderExcluir
  11. Vamos ver se a culpa era do técnico ou dos jogadores, na próxima partida. Concordo com tudo que disseram até agora. Ninguém lá entende de futebol. Uns fazem marketing, outros só contratam de empresários amigos e agora, parece, até o técnico.

    ResponderExcluir
  12. Alô amindos do Palmeiras, acho que está tendo muito "fru fru", muita vaidade e pouco comprometimento. Tem gente que se acha Pelé, mas não passa de mané (não o Garrincha). Tá na hora de suar a camisa e mostrar trabalho.

    ResponderExcluir
  13. Bom dia a todos. Domingo, minutos antes do jogo com São Paulo, resta completar este tema com a informação de que também neste tempo de gestão Nobre, tivemos o técnico tampão Alberto Valentim, com nove jogos, cinco vitórias, um empate e tês derrotas, com aproveitamento de 59,2%. E, ainda que Cuca foi confirmado como técnico. Temos que dar um voto de confiança, mas ficar aletra para que não apareçam mais contratações do mesmo empresário (Eduardo Uram), que é o procurador do técnico e nos trouxe jogadores de péssima qualidade (Giroto, Amaral, Roger Carvalho, Egydio, Vagner, Rodrigo....) Vamos aguardar.

    ResponderExcluir