sábado, 16 de maio de 2020

CANTINHO DA SAUDADE - MAIO/2020 - CANTINHO DA SAUDADE. DUDU E DIVINO. NOSSA DUPLA MARAVILHOSA

O Palmeiras formou, nas décadas de 1960/1970 uma dupla incrível. Dudu e Ademir foram, sem dúvida, símbolos de nossa história.

Um carregava o piano e o outro flutuava em campo, ditando o ritmo do time.

Busto do Dudu na sede do clube - Mais que merecido!
Olegário Toloi de Oliveira, nosso Dudu, sempre foi um guerreiro em campo. Não havia bola perdida, não havia tempo ruim.

Sem violência ou valentia, mostrou o que era um verdadeiro volante de contenção, mas com a qualidade de, também, sair jogando.

De dia ou de noite, com chuva ou sol, o incansável Dudu esteve em 609 jogos, marcando 25 gols.

O que fez na final de 1974 foi marcante. Tomou uma bolada de Rivelino – que tinha um chute muito forte - e caiu; saiu de campo, voltou logo depois e, em seguida, foi o primeiro a formar barreira para nova cobrança de falta de Rivelino. 

Aquele gesto, com certeza, motivou ainda mais o time que tinha tudo contra si: imprensa e torcida esmagadora do rival. Mas, fomos e vencemos. Ganhou inúmeros títulos: Brasileiros 67 (2), 69, 72, 73, Rio São Paulo 65, Paulista 66, 72 e 74, e como técnico, o Paulista de 1976.

Busto do Divino na sede do clube - Justíssima homenagem!
Do “Divino” Ademir da Guia, tudo que se falar é pouco. Já tivemos oportunidade de retratar parte de sua trajetória em várias oportunidades neste espaço.

Por mais de dezesseis anos, em 902 jogos, honrou nosso manto e fez 153 gols.

Os seus dois últimos gols com nossa camisa foram em um 3 x 2 contra a Portuguesa, em 24 de abril de 1977. Eu estava presente naquela tarde no Pacaembu.

Também foram inúmeros títulos: Paulistas de 63, 66, 72, 74 e 76; Brasileiros de 67(2), 69, 72, 73, Rio São Paulo 65, dentre outros.

É importante ressaltar que os dois craques nunca foram de holofotes: humildes, faziam o que tinha que ser feito – com muita competência.

Não protagonizavam polêmicas, eram profissionais ao extremo e até hoje são assim, gentis e muito carismáticos.

Reproduzo aqui parte de um texto publicado, escrito pelo ex-presidente Beluzzo:

“...cumprimentaram a patota. Esperei os cumprimentos e me aproximei da dupla inesquecível. Conversamos sobre o Palmeiras de ontem e de hoje. Estávamos no maior tro-lo-ló quando um torcedor se reaproximou e disparou: “Dudu se você jogasse bola, hoje, estaria cheio da grana.”

Certamente o mesmo valeria para Ademir. Imaginei que o craque meio-campista fosse responder: “Pois é, os tempos eram outros.”

Nada disso. Dudu sapecou, sem titubear: “Se ganhasse essa grana dos caras de hoje, iria perder a concentração no futebol. Meu negócio era jogar bola.”

Ademir riu, meneando a cabeça em sinal de aprovação.”

Abaixo, Dudu e Ademir da Guia, no Palmeiras, antes da partida contra o São Paulo FC no Morumbi, válida pelo Campeonato Paulista de 1972 (Foto: Acervo/Gazeta Press)



12 comentários:

  1. Sem dúvida dois craques na acepção do termo.

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  2. Assistimos centenas de jogos em que está dupla brilhou. Parabéns pelo que fizeram pelo nosso Palmeiras.

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  3. Boa noite. Faltou dizer que o Ademir tem um instituto que cuida de crianças carentes.

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    1. Sim. O Instituto Ademir da Guia, por meio de futebol atende crianças carentes.

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  4. Que saudades..
    Hoje vemos cada brucutu se achando e ganhando rios de finge. Tiro o chapéu para esta dupla.

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  5. Como palestino já idoso quero agradecer a estes dois. Eles me ajudaram a ficar feliz muitas noites e tardes. Era um jogo fino. Uma academia de verdade.

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  6. Estes dois são feras. Dudu, menos badalado pela imprensa, ainda teve o mérito de remontar o elenco, em 1976, com o fim da Academia e conseguiu o Paulista daquele ano. Um ótimo jogador e um bom técnico

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  7. Com Leão no gol, Eurico, Chevrolet, Alfredo e Zeca atrás, e na companhia de Leivinha no meio com Edu, Cesar e Nei formaram um esquadrão, que nos dá muita saudade. Paulo.

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  8. Bom dia neste ensolarado domingo. O que eu achei mais legal na matéria foi retratar o lado humano dos dois. Pessoas simples que hoje com seus oitenta anos, vivem sem luxo, mas com o carinho da torcida e reconhecimento de todos. Eu já ajudei o Instituto Ademir da Guia e quem quiser procure mais dados, é um trabalho muito legal.

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  9. Magnífica a lembrança destes dois verdadeiros ídolos. Parabéns.

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  10. Dudu, nosso guerreiro, Ademir, nosso inspirador. Quantos títulos esta dupla nos proporcionou!!. Muitas saudades deles.!

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  11. Esses dois cabem em qualquer time do mundo. Classe, elegância e inspiração de um lado, gana, vontade de vencer, respeito, seriedade e competência de outro. Uma dupla maravilhosa. Fizeram por merecer as estátuas na SEP.

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