sábado, 14 de abril de 2018

ARTIGO - ABRIL/2018 - O BRASILEIRO DE 2018. INICIAMOS COM EXPECTATIVA, MAS COM DESCONFIANÇAnão

Expectativa para o início do campeonato é grande, mas...

O brasileiro de 2018 se inicia neste fim de semana. Vinte times buscam o título e as vagas nas principais competições internacionais. 

A primeira edição de competição nacional entre clubes do país data de 1959 e contou com dezesseis participantes. 

O Bahia se tornou o primeiro campeão nacional. Na edição seguinte, o Palmeiras, conhecido na época como Academia de Futebol, venceu o Fortaleza na final. 

Com diferentes nomes de campeonatos, a CBF resolveu unificar os títulos e, assim, o verdão é detentor de nove nacionais: 1960, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994 3 2016, além de três Copas do Brasil. É o maior ganhador! 

Neste campeonato de 2018, a expectativa é grande. Porém, temos que ter a humidade de reconhecer que o elenco está sendo mais valorizado do que o merecido. 

Neste ano alternamos bons jogos, com péssimas apresentações, inaceitáveis diante da folha de pagamento e do marketing sobre os jogadores. 

...sempre com desconfiança

A verdade é que desde o início de 2017, portanto há mais de um ano, as coisas no clube estão conturbadas. Há uma sobreposição de interesses políticos e financeiros numa simbiose entre administração/gestão/finanças. 

Não temos, há muito tempo, momentos de tranquilidade; primeiro um planejamento equivocado para 2017; depois a eleição e tentativa de impugnação da candidatura da representante da patrocinadora ao CD; em seguida demissão de técnico, contratação de CUCA, novas aquisições equivocadas; demissão do treinador, contratação de Roger para este ano, construindo a base numa plataforma com três pilastras de sustentação: Dudu, Lucas Lima e Borja. 

Some-se, a tudo isso, que, em 2018, iniciamos com a polêmica do aditamento dos contratos com a patrocinadora e, a bem da verdade, é que o clube, baseando-se num modelo assinado entre 2015 e 2016, contratou jogadores em troca da exploração da imagem destes, pela patrocinadora (sem se preocupar com os custos, porque para o clube era zero) e, de um momento ao outro, se responsabilizou pelos valores desembolsados por ela. Mais de dez jogadores nesta situação e uma dívida potencial de mais de R$ 120.000.000,00 a ser devolvida em até dois anos após o término do vínculo com os atletas. 

Tudo decidido sem manifestação do COF ou do CD. 

Se as questões administrativas estão conturbadas, no campo, também, até agora, neste ano, nada deu certo. O esquema do técnico parece não ser o ideal para as características dos jogadores; o trio de que tanto se esperava, até agora, sucumbiu em momentos de decisão. 

Todos têm sua parcela de responsabilidade, devem ser cobrados, mas é hora de agir com inteligência e coragem: o clube não pode ficar refém de ninguém, seja na parte administrativa, ou na técnica. 

O treinador precisa ter coragem de mudar o time e afastar aqueles que, jogo após jogo, rendem pouco e mostram desinteresse; coragem de substituir o capitão por alguém que tenha mais maturidade; de utilizar o elenco todo e não só privilegiar alguns. 

O treinador precisa ter a humildade de reconhecer que o time vem jogando mal; que o esquema único do 4-3-3 não é o ideal dependendo do adversário; que um futebol mais cauteloso pode ser a chave para o sucesso e que há necessidade de rodízio, seja pelo lado tático, técnico ou físico (cansamos de ser surpreendidos pelo desgaste. Enquanto os adversários faziam uma escala nós optamos por quase sempre ter o mesmo time; deu no que deu). 

Os jogadores devem se conscientizar que precisam se aplicar e render mais; que há necessidade de usar a cabeça, ser inteligente e não perder a tranquilidade de forma precipitada. Só ele e o clube têm a perder. 

A direção precisa estar ciente de que cobranças devem ser feitas, principalmente sobre os jogadores e o diretor remunerado. Aliás, sobre ele, pequeno comentário: saiu comprando, a cada pedido de técnico contratado, sem uma base sólida de informação, pois o dinheiro estava fácil e, agora, a conta veio ao clube. 

A esperança é de que, pela qualidade técnica, de razoável a boa, da maior parte dos jogadores, estes possam se superar e construir um time, uma equipe. Vimos, em alguns jogos, esta disposição: jogando para frente, com Inteligência, tocando a bola e já sabendo o passo seguinte, sempre com o objetivo de chegar ao gol. 

Enfim, neste eterno dilema do que vai acontecer, vamos começar a caminhada de 38 rodadas em busca do topo, sempre acreditando e torcendo junto. 

Concentração, responsabilidade e vontade são as palavras chaves para o sucesso. 

Boa sorte verdão!

2 comentários:

  1. Fleury:
    Na parte administrativa estamos nas mãos de um presidente fraquíssimo e de um conselho também fraquíssimo.
    Conhecendo a maioria dos srs. conselheiros, ouso dizer que você é um dos pouquíssimos, veja bem, pouquíssimos conselheiros que lutam pelo bem do PALMEIRAS.
    Me atrevo a dizer que dos 300 conselheiros, não temos 10% , ou seja, 30 conselheiros que tenham pelo clube o amor, a dedicação e a competência que você tem.
    Quanto ao time de futebol reitero o que disse no comentário anterior.
    Vendo a instabilidade emocional desse elenco, começo a acreditar que seria interessante a contratação de um psicólogo em caráter permanente.
    Quem sabe um bom trabalho psicológico consiga fazer o Dudu sair da pré adolescência, o Lucas Lima sair dessa "tiriça", o Felipe Mello entender o que é a verdadeira liderança, o próprio Roger Machado ser mais corajoso (tirando do time alguns intocáveis).
    Enfim, as competições que temos pela frente são incógnitas .
    Fleury, só cobramos de quem pode nos dar retorno, por isso as vezes eu cobro de você. Agora, por exemplo, entendo que é hora de você e outros conselheiros "chegarem" no Galiotte e fazer algumas cobranças, tanto administrativas, como esportivas.
    Abraços
    Roma

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